II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural: restaurar para quê?

Com o tema “Restaurar para quê?”, a II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural, de 02 a 05 de setembro de 2013, busca debater e disseminar políticas de salvaguarda da história e do patrimônio cultural de Limeira e das cidades da região, bem como promover o reconhecimento e sensibilização para com o patrimônio cultural local. Para isso, foram desenvolvidos cursos gratuitos e abertos à população.

A realização da II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural está a cargo do Projeto Memória e Resgate da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais – IPPRI/ Laboratório de Estudos e Formação em Políticas Públicas – LEFPP – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Estado da Cultura, através da Poiesis – organização social de cultura e Oficina Cultural Carlos Gomes, unidade do projeto oficinas culturais. Contamos com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Secretaria Municipal de Cultura de Limeira, Secretaria Municipal de Educação de Limeira, Diretoria de Ensino de Limeira, Academia Limeirense de Letras (ALLe), Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, Grupo de Extensão e Pesquisa em História da Agricultura e dos Complexos Agroindustriais da ESALQ-USP, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Limeira (CONDEPHALI), Associação Pró-Memória de Limeira, Pátio Limeira Shopping, ProImprensa Comunicação.

Edital – II Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio”

 

II CONCURSO CULTURAL:

“Eu também conheço o Patrimônio”

 

EDITAL DE ABERTURA

01/2013

 

O PROJETO MEMÓRIA E RESGATE, dentro das atividades da II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural, a se realizar entre os dias 2 e 5 de setembro de 2013, comunica às escolas interessadas que está recebendo inscrições para o II CONCURSO CULTURAL “EU TAMBÉM CONHEÇO O PATRIMÔNIO”, modalidade desenho e fotografia, conforme o regulamento a seguir:

 

I – DO OBJETO

1.1 O Projeto Memória e Resgate promoverá o II Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio”, com o objetivo de estimular os alunos do Ensino Fundamental II (6^o ao 9^o ano) e Médio a desenvolverem a percepção acerca do patrimônio cultural material e imaterial de Limeira, sua importância e preservação. Serão duas categorias, desenho e fotografia, sendo premiados os três primeiros classificados (primeiro, segundo e terceiro lugares) e menção honrosa de cada modalidade.

II – DO OBJETIVO

2.1 O Concurso, a partir de um caráter artístico, aborda o patrimônio cultural de Limeira, compreendido por obras arquitetônicas, monumentos, edifícios, sítios e paisagens, expressões culturais, manifestações, modos de fazer e celebrações que simbolizem a diversidade cultural de nossa cidade, sejam de cunho histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico, através do registro fotográfico e na forma de desenhos, visando:

I – Inventariar e conhecer os diferentes conjuntos de bens materiais e/ou imateriais que contam, representam e identificam a história do povo limeirense e sua relação com o meio ambiente;

II – Provocar o reconhecimento, a compreensão e a valorização do patrimônio cultural limeirense, desencadeando reflexões acerca de seu estado de preservação e meios de salvaguarda;

III – DO TEMA E DAS DEFINIÇÕES

3.1 Os desenhos e fotografias devem abordar o patrimônio cultural de Limeira, sendo que, para os efeitos deste Edital, entende-se por Patrimônio Cultural os bens de natureza material ou imaterial, sendo:

I – Patrimônio cultural material: bens móveis ou imóveis, documentos, espaços, paisagens, conjuntos urbanos e sítios, prédios, monumentos, portadores de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico ou científico.

II – Patrimônio cultural imaterial: as formas de expressão e os modos de criar, viver e fazer, conhecimentos e técnicas fundadas na tradição, na transmissão entre gerações e nas criações culturais, manifestadas individual ou coletivamente por práticas produtivas ou simbólicas como expressão de sua identidade cultural e social.

IV – DOS PARTICIPANTES

4.1 O concurso é dividido em duas modalidades, desenho e fotografia, e é dirigido aos alunos do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do município de Limeira (SP), sendo que cada aluno só poderá inscrever um trabalho em uma única modalidade.

4.2 Fica a cargo da direção de cada escola realizar uma seleção interna e escolher os melhores desenhos e as melhores fotografias dos alunos das séries acima mencionadas para inscrição neste concurso, não havendo número mínimo ou máximo de trabalhos inscritos por escola participante.

4.3 O concurso será realizado em uma única etapa para todos os inscritos.

4.4 É vedada a participação de estudantes de outras séries, que não as mencionadas no item 4.1, e de pessoas que não estejam matriculadas regularmente em escolas públicas ou particulares do município de Limeira.

V – DAS ESPECIFICAÇÕES

5.1 Modalidade Desenho:

5.1.1 Cada aluno poderá enviar apenas 01 (uma) imagem, sendo que todos os desenhos deverão ser originais, produzidos à mão (com ou sem o uso de régua, esquadros, compasso, ou outros meios mecânicos), sem qualquer auxílio de recursos e instrumentos digitais.

5.1.1.1 A utilização de recursos e instrumentos digitais desclassifica o desenho.

5.1.2 Todos os desenhos deverão ser produzidos em papel na cor branca de qualquer gramatura, de tamanho A4 orientado a retrato ou paisagem.

5.1.3 Todos os desenhos deverão ser pintados em cores ou de modo monocromático, sendo a técnica artística utilizada de livre opção do aluno participante, desde que respeitado o item 5.1.1.

5.1.4 Não serão permitidos trabalhos tridimensionais, como por exemplo, a colagem, dobradura, mosaico, etc.

5.1.5 No verso de cada desenho deverão estar anotados, de forma legível, o nome do aluno e da escola, o título do desenho e patrimônio cultural representado e data da fatura da imagem.

5.2 Modalidade Fotografia:

5.2.1 Cada candidato poderá enviar no máximo 01 (uma) fotografia, a qual não poderá sofrer interferências manuais e/ou digitais sejam elas retoques, montagens ou cortes ou qualquer outra modificação. A fotografia poderá ser produzida por meio de câmeras analógicas ou digitais, colorida ou em preto e branco, e deverá ser enviada em formato digital e impresso, com as seguintes características:

5.2.1.1 Em formato digital, deverá ter tamanho a partir de 03 (três) megapixels, perfil de cor RGB e extensão JPEG. O respectivo arquivo deverá ser renomeado contendo título e autoria da foto, como por exemplo: “Retreta_da_Coorporação_Musical_Arthur_Giambelli_por_José_Silva” e deverá ser gravado em um disco de CD. Cada escola poderá enviar, em um mesmo CD, as fotografias escolhidas.

5.2.1.2 A fotografia deverá ser revelada/impressa em papel fotográfico, no formato 30×40 cm, em orientação vertical ou horizontal e em papel fosco. No verso de cada fotografia revelada/impressa deverá ser colada uma etiqueta adesiva, onde conste, em letras legíveis, as seguintes informações: título da fotografia, nome do autor, local e data onde o registro fotográfico foi feito.

5.2.2 Não serão aceitas fotografias que já tenham sido publicadas em veículos de comunicação digitais ou impressos (sites de notícias, jornais ou revistas), ilustrando notícias, reportagens, propagandas, publicações comerciais, exibidas em público, ou que já tenham sido sob qualquer forma, premiadas em outros concursos de âmbito municipal, nacional e/ou internacional.

5.2.3 Os CDs encaminhados que contiverem outros arquivos, além da fotografia concorrente, terão seus candidatos automaticamente desclassificados.

5.2.4 O CD com os respectivos arquivos salvos e as fotografias impressas deverão ser enviados juntamente com o Termo de Inscrição, a Ficha de Inscrição e o Termo de Autorização de Uso de Imagem de cada aluno inscrito.

VI – DA INSCRIÇÃO

6.1 Não há número mínimo ou máximo de trabalhos inscritos por escolas, sendo que os desenhos deverão ser trabalhados em uma só face de papel branco de qualquer gramatura, tamanho A4 (210x297mm), em uma única via, e as fotografias enviadas no formato digital (extensão JPEG) e impressas em papel fotográfico fosco, tamanho 40x30cm;

6.2 Os desenhos e as fotografias deverão ser produzidos individualmente sob a supervisão do professor responsável que esteja atuando em sala de aula do aluno inscrito; este professor será o responsável pelas informações contidas nas fichas de inscrição;

6.3 O(A) diretor(a) da escola é responsável pela veracidade das informações prestadas por ocasião de seu(s) aluno(s);

6.3.1 As informações das fichas, especialmente os nomes de alunos, professores e pais, são de responsabilidade da escola;

6.4 Dentre os desenhos e as fotografias selecionados pelas escolas participantes e mencionados no item 6.1, não será permitida mais de uma obra por aluno.

6.5 Local da Inscrição: Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, Largo da Boa Morte, n^o 51, Centro, Limeira, São Paulo, nos dias úteis, das 08h às 12h30min e das 14h às 17h. Mais informações poderão ser obtidas junto à Igreja da Boa Morte pelo tel. (19) 3441-6708, ou pelos tel. móveis (19) 8133-4698 e (19) 8207-2817.

6.5.1 Os documentos poderão ser enviados por correio para o endereço apontado no item 6.5, desde que a postagem esteja dentro do prazo das inscrições.

6.6 Documentos necessários para a inscrição, os quais deverão estar dentro de um mesmo envelope:

I – Os desenhos devem ser apresentados anotados apenas no verso contendo o nome do aluno, da escola, o título do desenho, a identificação de qual patrimônio cultural está representado e data da fatura da imagem. Os desenhos não deverão estar assinados e não poderão conter qualquer outro tipo ou marca de identificação. As fotografias, por sua vez, devem conter etiqueta com título da fotografia, nome do autor, local e data onde o registro fotográfico foi feito.

II. Termo de Autorização, Formulário de Inscrição e Termo de Autorização de Uso de Imagem do aluno impressos e completamente preenchidos, conforme modelo em Anexo.

VII – DO INDEFERIMENTO DAS INSCRIÇÕES

7.1 Serão indeferidas as inscrições:

I – Contendo Termo de Autorização, Formulário de Inscrição e Termo de Autorização de Uso de Imagem com dados incompletos;

II – Com falta de assinatura dos responsáveis;

III – Com desenho e fotografias com marcas de autoria na imagem,

IV – Em desconformidade com este edital.

VIII – DOS PRAZOS

8.1 As inscrições poderão ser efetuadas a partir das 08h do dia 19 de abril de 2013 até as 17h do dia 28 de junho de 2013, no local e condições descritas no item 6.5.

IX – DA COMISSÃO JULGADORA E DA SELEÇÃO

9.1 O Projeto Memória e Resgate instituirá uma Comissão Julgadora, formada por sete membros. Um deles será eleito como presidente pelos membros integrantes.

9.2 A Comissão Julgadora será formada pelos seguintes membros:

I – 1 (um) titular e 1 (um) suplente da Secretaria Municipal de Cultura;

II – 1 (um) titular e 1 (um) suplente da Diretoria de Ensino de Limeira;

III – 1 (um) titular e 1 (um) suplente da Associação Pró-Memória de Limeira;

IV– 1 (um) titular e 1 (um) suplente da Academia Limeirense de Letras (ALLe);

V – 2 (dois) titulares e 2 (dois) suplentes atuantes na Mídia limeirense;

VI – 1 (um) titular e 1 (um) suplente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Limeira (CONDEPHALI).

9.3 A Comissão Julgadora deliberará com a presença da totalidade dos seus 07 (sete) membros.

9.4 Na falta do representante titular, assumirá seu lugar o respectivo suplente.

9.5 A Comissão organizadora apenas apoiará a Comissão Julgadora, não interferindo em seus trabalhos;

9.6 Não caberá recurso de qualquer espécie em relação às decisões e julgamentos da Comissão Julgadora.

9.7 Os desenhos e fotografias serão julgados segundo os critérios de criatividade, originalidade e abordagem do tema.

9.8 Após a abertura dos envelopes enviados pelas escolas, será feita uma pré-seleção pelos membros do Projeto Memória e Resgate, levando em conta a pertinência dos trabalhos ao tema e se os mesmos estão com a documentação em conformidade com o edital, segundo exposto em 7.1.

9.9 As obras selecionadas nesta primeira etapa constituirão a exposição “Eu também conheço o Patrimônio”, aberta no mês de agosto em local a ser definido, sendo que a análise da Comissão Julgadora será feita após a montagem da mostra aberta ao público, a partir de um olhar conjunto das obras enviadas.

9.10 Na segunda etapa, a Comissão Julgadora determinará os melhores desenhos e fotografias, os quais serão classificados, para cada modalidade, em primeiro, segundo e terceiro lugares até o dia 30 de Agosto de 2013, sendo que o resultado e premiação serão anunciados no dia 05 de Setembro de 2013, na cerimônia de encerramento da II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural que se realizará na Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, às 19h.

9.11 A Comissão desclassificará os desenhos que apresentarem rasuras ou defeitos, que forem elaborados em material defeituoso, assim como desclassificará as obras que não atendam a todos os itens deste edital.

9.12 Serão premiados os três melhores trabalhos e uma menção honrosa de cada categoria, assim como o(a) professor(a) responsável e a escola.

X – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

10.1 O ato de inscrição no II Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio” implica no total conhecimento e aceitação de todos os itens deste edital, bem como na cessão ao Projeto Memória e Resgate de uso e dos direitos autorais das imagens, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, em qualquer suporte e meio, em caráter gratuito e irrevogável, sem ressalvas ou condições, sem qualquer tipo de ônus e sem limite de prazo, tendo em vista o objetivo do Concurso e a conformidade com o Termo de Autorização de Uso de Imagem preenchido e assinado pelo aluno participante no ato da inscrição.

10.2 O Projeto Memória e Resgate reserva-se o direito de divulgar todos os desenhos e fotografias inscritos, bem como a cessão de uso destas obras a terceiros, sem qualquer tipo de ônus e sem a necessidade de notificação aos alunos participantes, assegurada a divulgação da autoria e o reconhecimento dos devidos créditos na forma do Art. 29 e seus incisos da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais). Ou seja, constitui objeto da presente cessão todos os desenhos e fotografias inscritos no Concurso, independentemente da seleção obtida ou não.

10.3 Os alunos participantes declaram, no ato da inscrição, que os desenhos e fotografias inscritos no Concurso não infringem direitos de terceiros, não incorrem em plágio, com reprodução total ou parcial, responsabilizando-se, na esfera cível e penal, pelo descumprimento das normas constantes deste edital.

10.4 Constatando-se desenhos ou fotografias que incorram em plágio, apresentados por diferentes autores, as obras envolvidas serão desclassificadas.

10.5 Os desenhos e fotografias inscritos no Concurso em nenhum caso serão devolvidos.

10.6 Os custos referentes à impressão das fotografias são de responsabilidade do aluno e/ou escola participante.

10.7 Os casos omissos nesse edital serão apreciados pela Comissão.

10.8 Das decisões da Comissão não caberão recursos.

Limeira, abril de 2013.

Projeto Memória e Resgate

Assessoria Cultural – Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção

Equipe Técnica Responsável

memoriaeresgate@yahoo.com.br

www.memoriaeresgate.com.br 

 

ANEXOS

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

 

Eu, _____________________________________________________ abaixo assinado, na qualidade de responsável pelo candidato _____________________________________________ matriculado no _____ ano do __________________________________ na Escola _____________________________________________________, autorizo sua participação no II Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio”, promovido pelo Projeto Memória e Resgate, aceitando integralmente os termos descritos no edital de abertura.

___________________                      _________________________________

DATA                                                             ASSINATURA (RESPONSÁVEL)

 ————————————————————————-­­­­­­­­­­­——————————-

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO DO II CONCURSO CULTURAL

“EU TAMBÉM CONHEÇO O PATRIMÔNIO”

DADOS PESSOAIS

Nome completo do aluno:

Data de Nascimento:                                                                  Idade:

Sexo:

Filiação:        Mãe

Pai

CPF/RG do aluno:

Escola:                                                                                            Ano:  

Professor(a)  responsável:

Endereço:

Telefones para contato: Residencial:                                     Escola:

Modalidade:  (    ) Desenho                                 (    ) Fotografia

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM

 

Eu, ______________________________________________________, estado civil__________________, portador da Cédula de Identidade RG n^o___________________________, e do CPF nº _______________________, domiciliado e residente em_________________________________________.

Declaro ceder, sem restrições quanto aos seus efeitos, a total propriedade e os direitos autorais da imagem realizado para o II Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio” para o Projeto Memória e Resgate da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, da cidade de Limeira, São Paulo.

O Projeto fica autorizado a utilizar, divulgar e publicar, para fins culturais, a mencionada imagem, no todo ou em parte, editada ou não, bem como permitir a terceiros o acesso às mesmas para fins idênticos, segundo suas normas, com a única ressalva de sua integridade e indicação de fonte e autor, desde a presente data.

Declaro expressamente que a imagem de que trata este termo de autorização de uso de imagem é de minha autoria, não violando direitos de terceiros.

Abdicando de direitos meus e de meus descendentes quanto ao objeto deste termo de cessão, subscrevo o presente.

Limeira, _____ de ___________________de 2013

_______________________________________________

Assinatura do Cedente

Concerto sinfônico abre concurso sobre patrimônio cultural

 

Limeira sediará a segunda edição do Concurso Cultural “Eu também conheço o Patrimônio”. A iniciativa integra a nova edição da Semana Limeirense do Patrimônio Cultural, cujo tema do ano será “Restaurar para quê?”. Como no ano passado, são premiados trabalhos em duas categorias: desenho e fotografia. Podem se inscrever estudantes dos ensinos Fundamental II e Médio de escolas públicas e privadas de Limeira.

 

A realização é do Projeto Memória e Resgate, assessoria cultural da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção. O apoio é da Confraria da Boa Morte, Laboratório de Estudos e Formação em Políticas Públicas do IPPRI-UNESP, Grupo de Extensão e Pesquisa em História da Agricultura e dos Complexos Agroindustriais da ESALQ-USP, Academia Limeirense de Letras, Diretoria de Ensino de Limeira, Secretaria Municipal da Cultura, Associação Pró-Memória de Limeira, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Limeira-CONDEPHALI.

 

Para marcar o lançamento, haverá um concerto sinfônico com a Banda Henrique Marques, no dia 19 de abril, sexta-feira, às 20h, na Igreja Boa Morte.

 

Não há limites de inscrição por escola, mas cada aluno só pode inscrever um único trabalho em apenas uma categoria. O prazo de inscrição no concurso é de 19 de abril a 28 de junho, na Igreja da Boa Morte. A premiação será no dia 5 de setembro, no encerramento da II Semana Limeirense do Patrimônio Cultural, cujos eventos serão de 2 a 5 de setembro.

 

A antecipação do concurso permitirá melhor ação das escolas. Ao mesmo tempo, a mostra que será aberta em agosto, terá melhor estrutura. A exposição trará os trabalhos de todos inscritos no concurso.

 

Outros detalhes podem ser obtidos no site www.memoriaeresgate.com.br ou pelo email memoriaeresgate@yahoo.com.br

 

O QUE É PATRIMÔNIO

O patrimônio é composto de bens materiais e imateriais. Os materiais são relacionados a obras de arte, armas, arquiteturas, vestimentas, utensílios, meios de transporte, ferramentas, entre outros. Já os imateriais são os costumes, comidas típicas, religiões, lendas, cantos, danças, festas, entre outros.

 

Procissão de Passos – Limeira – 2013

A Procissão de Passos, celebrada no final da Quaresma, ou dentro da Semana Santa, é uma herança portuguesa. Foi instituída por Luís Alves de Andrade no Convento da Graça de Lisboa, em 1587, data da fundação da primeira Irmandade dos Passos na capital de Portugal. A cerimônia barroca, marcada pela pompa, chegou às colônias portuguesas, como o Brasil, no século XVII, sendo bastante comum já no início do século seguinte.
Esta tradição cultural ocorria em Limeira desde o século XIX e em parte do século XX, quando deixou de ser realizada na década de 1950.
Neste segundo ano, o Projeto Memória e Resgate espera um público maior para a realização deste evento que une fé, arte e cultura.

Concertos do Advento – Limeira, SP

Pela primeira vez, Limeira terá sua edição dos “Concertos do Advento”, organizados pelo Projeto Memória e Resgate e Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção.

Com uma programação imperdível, os concertos natalinos serão realizados na Igreja da Boa Morte, sempre à 20h, com entrada gratuita.

A Igreja da Boa Morte, templo barroco inaugurado no ano de 1867, está localizada no Largo da Boa Morte, 51, Centro, Limeira, São Paulo.

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

Programação Completa:

I SEMANA LIMEIRENSE DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Programação completa:

Personagens Limeirenses – Niza de Castro Tank

Nascida em Limeira – SP em 10 de março de 1931, filha de Arthur Jorge Tank e Nicolina Ferreira de Castro, Niza de Castro Tank fez seus estudos de canto em Campinas – SP. Um contrato com a Rádio Gazeta de São Paulo, onde permaneceu pôr cinco anos, deu início à sua carreira artística. Possui também licenciatura em Educação Artística e Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Instituto de Ciências Sociais de Americana/SP, respectivamente. É doutora em Artes pela Unicamp.

Por cinco anos consecutivos recebeu o “Troféu Roquete Pinto”. Possui ainda, os seguintes troféus: “Melhores do ano”; “Troféu Fumagalli”, por cinco anos : “Troféu Cacique”: “Troféu Bandeirantes”; “Troféu Carlos Gomes”; “Troféu Ordem dos Músicos do Brasil”; “Prêmio Carlos Gomes” ; “Troféu Guarany”; Medalha da Associação Paulista de Críticos Teatrais, “Troféu Mulheres que fazem a História” ; Medalha Samuel Lisman; Titulo de Mérito “Scientiarium Persona Magnifica e a Medalha de Mérito Cientifico “Prof. Dr. Walter Radamés Accorsi” ; Troféu Limeira.

De 1957 até o presente participou de inúmeras óperas no Brasil e no exterior, das quais destacaram-se: Rigoletto, Barbeiro de Sevilha, Lucia de Lamermoor, Boheme, Il Guarany, Lo Schiavo, La Traviatta, Matrimônio Secreto, Lakmé, Don Pasquale, Elisir D’Amore, La Sonâmbula, A Flauta Mágica e a Noite do Castelo.Participou como solista na Missa em Dó Menor, de Mozart; Carmina Burana, de Carl Orff; Poema Vocal-Sinfônico Colombo, de Carlos Gomes; L’Enfante et le sortilège, de Ravel; O Cristo no Monte das Oliveiras de Beethoven; O Messias, de Handel; A Nona Sinfonia, de Beethoven; O Rei David, de Honneger; Missa em si menor, de Bach e Salve Regina de Schubert.Sua atividade artística esta sempre ativa nos palcos das : Sala São Paulo, Teatro Municipal, Teatro Alpha, as inúmeras salas de concerto do país.

Participou de turnês internacionais, apresentando-se em Montevidéu, Moscou, Alemanha, Itália, Israel, Espanha e Venezuela.

Gravou em disco Chantecler, 1959, a primeira gravação mundial da ópera completa “Il Guarany” e em 1986, dois álbuns de canções de Antônio Carlos Gomes. Em 1996 lançou um CD com músicas Natalinas. A Unicamp, no ano de 2003, relançou um CD dos álbuns de Canções de Antônio Carlos Gomes.

Em 2004, lançou CD com a OSMC “Campinas de todos os sons”.

Em 2005, gravou do Hino Oficial de Campinas e DVD da Missa São Sebastião de Antônio Carlos Gomes.

Antônio Carlos Gomes (Campinas, 11 de julho de 1836 — Belém, 16 de setembro de 1896)

Cantou sob a regência dos seguintes maestros: Armando Belardi. Arschawir Karapetjan, Benito Juarez, Diogo Pacheco, Eduardo Prates, Eleazar de Carvalho, Flávio Florence, Frederico Gerling, Gerard Devos, Guido Santorsola, Isaac Karabtchevsky, Luiz Borges, Paoletti, Roberto Schnorrenberg, Roger Wagner, Simon Blech, Souza Lima, Tullio Colacciopo, Roberto Tibiriça, Aylton Escobar, Carlos Lima, Eduardo Ostergreem, Ricardo Kanji, Fábio de Oliveira, Osman G. Gioia, Abel rocha, Henrique Morelembaum, Ernest Malhe.

Atuou como professora de Técnica Vocal no Departamento de Música da Unicamp. Tem participado como professora convidada de vários Festivais de Música e cursos especializados em Técnica Vocal e Canto Lírico. Participa também de bancas de mestrado e doutorado das diversas instituições universitárias em todo o Brasil.

Sua trajetória foi contada na obra “Niza de Castro Tank: Niza apesar das outras…”, de autoria de Sara Lopes e publicada em 2004. No mesmo ano, Niza lançou o “Minhas pobres canções – Antonio Carlos Gomes”, em que trata das canções de Carlos Gomes do ponto de vista musical e de interpretação vocal, apoiada pela gravação, em 2 CDs, das peças nos registros originais em que foram compostas

É titular e Diretora Cultural da Academia Campineira de Letras e Artes, Membro Titular do Clube dos Escritores de Piracicaba e Membro Titular na Academia de Letras, Ciências e Artes da Associação dos Funcionários Públicos de São Paulo. Presidente da Academia Campineira de Música.

Texto original publicado em http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com.br/2009/03/personagem-niza-de-castro-tank-um-canto.html

História do Corpo de Bombeiros de Limeira

por Otto Ricardo Hornhardt Filho

A Cia. Prada Indústria e Comércio no ano de 1952 através de seu Gerente Eduardo Peixoto anunciava pelo serviço de alto falante da empresa: “Os funcionários que tiverem alguma sugestão para melhorar o serviço da empresa, favor informar a idéia na sua seção”. Foi aí que SANTO FABRI NETO, mecânico de manutenção sugeriu a companhia que fosse formada uma Brigada de Incêndio para combater as chamas que pudessem ocorrer na empresa e na cidade.
Acatando a sugestão do Senhor Santo Fabri Neto, a Companhia contratou o Sargento João Barbosa reformado da Força Pública do Estado de São Paulo que veio de Campinas para instruir os primeiros soldados que passaram a compor o primeiro Corpo de Bombeiros de Limeira, pertencente a Cia. Prada. O Sargento trabalhou na Brigada durante oito meses, passando o seu cargo ao Sargento João da Silva Pereira também reformado da Força Pública, que comandou os bombeiros por vários anos.
A primeira ocorrência externa atendida pelos bombeiros da Cia. Prada foi no dia 7 de agosto de 1954, às 13,15 horas na Usina de Açúcar da fazenda São Jerônimo, conforme solicitação feita pelo senhor diretor daquele local. O incêndio começou em um bagaço de cana ali existente alcançando outros materiais de fácil combustão.
Tomaram parte nesses serviços os seguintes bombeiros: Sargento João da Silva Pereira – Chefe da Seção de Bombeiros, Antonio Pelisson, Mario Lucato, Mario Camilo, Gumercindo Seleguim, João Lucheti, José Scarpite Filho, SANTO FABRI NETO e Benedito Modesto. Foi elogiável também a dedicação com que ajudaram os senhores Pedro Lavena e Antonio Lacava.
SANTO FABRI NETO acompanhou de perto todo este processo. Desde o início da Brigada, participou do combate aos incêndios em diversas localidades, o que fez com que ele adquirisse muita experiência. Após o falecimento do Sargento João da Silva Pereira, Santo Fabri foi convidado para comandar os bombeiros e o caminhão da empresa, o que fez com ele se sentisse profundamente realizado.
No ano de 1963 um grande incêndio ocorreu no Posto da Comercial Batistom S/A, os bombeiros da Cia. Prada foram os primeiros a chegar. Porém, o fogo se alastrou e tomou proporções gigantescas, o que gerou a necessidade de chamar reforços. O Corpo de Bombeiros de Piracicaba foi acionado e respondeu prontamente ao chamado, contribuindo para combater o incêndio. A gravidade deste fato fez com que as autoridades da cidade passassem a se interessar e a trabalhar para a consolidação do Corpo de Bombeiros da Cidade de Limeira. Fora criado, portanto, um Conselho das Entidades de Classe de Limeira no ano de 1964, com a colaboração do comercio, Indústria e Prefeitura Municipal.
Esta união proporcionou a aquisição de um caminhão Ford ano 1963 equipado com um tanque de cinco mil litros, mangueiras, extintores, enfim com todos os acessórios para o combate a incêndios. A primeira apresentação oficial desta viatura a população, foi em um incêndio simulado em uma casinha colocada em frente ao Cine Vitória na Praça Toledo de Barros. Esta viatura ficou muitos anos à disposição da população na Cia. Prada, pois só esta firma possuía naquela época homens treinados para lidar com a viatura no serviço a combate a incêndios.

CORPO DE BOMBEIRO MUNICIPAL

Anos após a Prefeitura recolheu esse caminhão em um abrigo que se localizava a Rua Senador Vergueiro antiga prefeitura que servia de sede provisória e com a formação de um corpo misto de bombeiros integrados pelos soldados da Cia. Prada, Ribeiro Parada S/A e Prefeitura, serviam a população de Limeira e Região nos chamados que viessem a ocorrer. Os soldados eram chamados através da sirene da Cia. Prada que era ouvida em toda a cidade. Mais tarde transferido para a sede própria localizada a Rua Capitão Bernardes Silva, sob o comando de Rubens Aliberti que paralelamente comandava também a Guarda Municipal.

POSTO DO CORPO DE BOMBEIROS

Construído o Posto de Bombeiros na Vila São Roque, o Corpo de Bombeiros deixou de ser Municipal, passando a ser dirigido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.

CIDADÃO EMÉRITO

Trinta anos passados sem que houvesse o reconhecimento oficial do pioneiro no serviço de combate a incêndios em Limeira, Otto Ricardo Hornhardt Filho em 1984 protocolou um ofício na Câmara Municipal com o apoio do nobre Vereador Jurandir Bernardes solicitando o Título de Cidadão Emérito ao Sr. Santo Fabri Neto, sendo aprovado por unanimidade pelo decreto legislativo 32/84 de 29 de outubro de 1984. O Título de Cidadão Emérito foi entregue ao senhor Santo em solenidade realizada no dia 27de abril de 1990 às 20,00 horas na Câmara Municipal.

BOMBEIRO HONORÁRIO

Continuando o trabalho de homenagear Santo Fabri Neto pelos relevantes serviços prestados à comunidade, no dia 25 de junho de 1990, Otto Ricardo entregou pessoalmente ao Governador Orestes Quércia e ao Dr. Luiz Antonio Fleury Filho no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo, o pedido para que fosse conferido o Título de Bombeiro Honorário ao Senhor Santo Fabri Neto no dia 2 de julho de 1990, data em que se comemora o Dia Nacional do Bombeiro.
No dia 30 de junho de 1990, Santo Fabri Neto recebia em sua residência o ofício número CCB/151/90 datado de 26 de junho de 1990 do Comandante do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Eduardo Assumpção comunicando que fora agraciado com o Título de Bombeiro Honorário, nos termos do Decreto número 44.160 de 01 de Dezembro de 1964.
O referido título configurava o reconhecimento da Corporação pelo seu apoio, interesse e alta compreensão demonstrada pelo desenvolvimento da prevenção e extinção de incêndios e salvamentos no Estado de São Paulo.
A entrega ocorreu no dia 02 de julho às 10 hs, durante as comemorações do Dia do Bombeiro Brasileiro levada a efeito na Sede do Sexto Grupamento de Incêndios, localizado à Praça Tenente Mauro Baptista de Miranda número 1, Município de Santos.
Sendo que nesta solenidade comemoravam o Centenário do Corpo de Bombeiros, Santo Fabri Neto recebia das mãos do Tenente Coronel PM Celso Feliciano de Oliveira, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a mais nobre outorga conferida pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, o Título de Bombeiro Honorário.

O CAMINHÃO

Depois de muitos anos prestando serviço ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, o caminhão que tanto trabalhou pela cidade de Limeira acabou se tornando obsoleto e foi devolvido à prefeitura. Não havendo interesse em restaurá-lo, ia ser levado à leilão como sucata.
De posse da notícia, o presidente do Clube de Carros Antigo de Limeira, ALFREDO GABRIEL BARROS, popularmente conhecido por Bié e alguns diretores do clube, começaram uma campanha solicitando que o mesmo fosse doado ao clube que se prontificou a restaurá-lo. Durante anos acorreram diversas reuniões, envio de requerimentos e solicitações junto a Câmara Municipal e a Prefeitura para que o pedido fosse deferido e há pouco mais de seis anos finalmente conseguiram tomar posse do caminhão. Iniciou-se, então, o processo de restauração que durou mais de dois anos e contou com o empenho e dedicação do presidente do Clube de Carros Antigos. Hoje o caminhão foi certificado pela Confederação Brasileira de Veículos Antigos com a placa preta, pois já está com mais de trinta anos da data de sua fabricação e acima de 80% de originalidade. Faz parte, portanto, do patrimônio histórico de Limeira e do Clube de Carros Antigo de Limeira.

Ford 1963 em desfile após a sua restauração em julho de 2006. Acervo Clube de Carros Antigos de Limeira.

Pesquisa realizada em 02/08/2012

O Escotismo em Limeira

por Otto Ricardo Hornhardt Filho

O ano de 1907 foi de esplendor para o movimento escoteiro (Scouting for Boys), tanto sua fundação em terras brasileiras, como pela sua importância na arregimentação dos moços para a paz e proteção da natureza. Naquele longínquo 1907, oficiais e praças da Armada Brasileira estavam na Inglaterra e vários se impressionaram com esse novo método de educação complementar que Baden Powell havia idealizado e o suboficial Amélio Azevedo Marques não hesitou e com seu filho Aurélio, logo após ver as vantagens desses métodos escotistas, ingressou em um grupo de escoteiros da Inglaterra, vindo a tornar-se, além de uma lenda viva no nosso país, é considerado o primeiro escoteiro brasileiro.
Logo depois, por volta de 1910, o movimento escotista foi introduzido no Brasil, por intermédio desses marinheiros e oficiais da gloriosa Marinha Brasileira, os quais vestiram-se com os ideais de Powell, trazendo uniformes escoteiros e o lançamento das primeiras sementes do movimento escoteiro no Brasil, culminado que, no dia 14 de junho de 1910, foi oficialmente fundado no Rio de Janeiro, o Centro de Boys Scouts do Brasil, nascido das primeiras semeaduras do precursor do escotismo.
Hoje o escotismo tem um papel importante e grandioso: levar os valores ocidentais a todos os jovens, independente de idade, classe social, raça ou seja lá o que for.
Importante é salientar que escotismo tem duas faces que se completam, de um lado os valores, de outro a alegria, a aventura da vida. Fazem parte do programa jogos, esportes, acampamentos.
Escotismo em Limeira
O Sr. Ulisses Rodrigues de Oliveira (97) conta que o Escotismo chegou a Limeira em 1921. Ele foi membro do Batalhão Escoteiro Cel. Flaminio Ferreira de Camargo em 1922 com dez anos de idade no Grupo Escolar do mesmo nome e participou com o Batalhão de diversas atividades e eventos.
Muitos grupos escoteiros foram formados na cidade de Limeira, sendo importante destacar: a Associação Escoteira São Jorge e a Associação Escoteira Itapema que foi fundada em 1967 e realizavam suas atividades na antiga Chácara Maria Thereza.
Após este período, Limeira permaneceu por muitos anos sem nenhum Grupo Escoteiro em funcionamento, até que, em 16 de Outubro de 1982, Otto Ricardo Hornhardt Filho, bancário e Radioamador (PU2XOR) teve a feliz iniciativa de fundar e dar nome ao Grupo Escoteiro Tatuibi – 51º SP, que há 27 anos funciona no Horto Florestal de Limeira.
Otto passou por várias instancias do grupo, ocupando os cargos de presidente da Comissão Executiva, diretor de Relações Públicas e “Baloo”, chefe da Alcatéia de Lobinhos para crianças entre 7 a 10 anos de idade.
Anos depois, outros grupos surgiram em Limeira como: GE Dragões da Natureza, GE Quadrangular, GE Excelsior, GE. Guarany, GE. Morro Azul, Distrito Bandeirante Limeira da Federação de Bandeirantes do Brasil – sob a presidência e coordenação da Sra. Rosa Maria Menconi Hornhardt, GE. Itapema, 1º GEAR Brigadeiro Alberto Bertelli, da AEBP/WFIS, sob a coordenação de Mauro Ragazzo e sua esposa Maria Lucia Rodrigues e o GE. Limeira da UEB / SP.
Hoje Limeira possui cerca de 150 escoteiros, divididos em três grupos: Tatuibi, Limeira e Grupo Escoteiro do Ar Brigadeiro Alberto Bertelli

 

Músicos e Maestros – Mário Tintori

por Otto Ricardo Hornhardt Filho

 

O Maestro Mario Tintori, mercê do entusiasmo singular que sempre devotou em defesa das nobres iniciativas em favor da arte dos sons organizados, representou efetivamente um guardião de nossas mais caras tradições culturais.
Nascido em São José do Rio Pardo a dois de fevereiro de 1911, inicia seus estudos musicais por volta de 1925, em São Sebastião da Grama, com o mestre João Praxedes de Araújo e os prossegue em Limeira, a partir de abril de 1928, recebendo primeiramente lições de teoria com o Professor Octavio Nunes e estuda flauta com o Professor Antonio Dupret, dominando também a requinta, ingressa em 1933, na Corporação Musical Henrique Marques, ano em que compõe suas primeiras musicas para banda.
Em 1941, assume a regência da Banda Antoniano, formada exclusivamente por alunos do Colégio Santo Antônio, ocupando ainda 0 cargo de professor de musica do estabelecimento. Em 1944, assume o posto de 1° Clarinetista da orquestra Sinfônica do Nosso Clube.
Em 1946, cursa o Conservatório Musical Carlos Gomes, em São Paulo, entrando em contacto com grandes valores do mundo da musica como o maestro Antonio Romeu, com quem estudou harmonia, o maestro Armando Belardi, Libero Vignoli, Cisto Mechetti, dentre outros, diplomando-se em 1948.
Em 1947, tenta formar uma orquestra sinfônica em Limeira, mas não chega a atingir o objetivo por falta de apoio.
Em 1949 assume a regência da Corporação Musical Henrique Marques, que, como resultante de seu idealismo singular passa por um período de grande desenvolvimento: e criada a escola de musica, são elaborados os estatutos da entidade, etc. Em 1958 desenvolve intensa campanha para a construção da sede própria da Corporação, que é inaugurada um ano apos. A Banda que possuía em 1948 um efetivo de apenas 19 músicos passa contar com 37 músicos, os quais eram majoritariamente formados em sua própria escola. A onze de março de 1959 deixa a regência da Corporação para ocupar-se exclusivamente da escola de musica da entidade. A dezesseis de fevereiro de 1961, desliga-se da Corporação.
Dedicou-se a composição, arranjos e instrumentações para banda. É autor de 353 composições dos mais variados gêneros, destacando-se o passo dobre sinfônico Dr. José Teixeira de Camargo, escrito em 1940; Melodia para Piano, 1944; Com. Agostinho Prada, passo dobre sinfônico, 1949; Dr. Octavio Lopes Castelo Branco, marcha sinfônica 48; Xandica, grande valsa, 1949; Hino da Festa da Laranja (com letra do poeta Roberto Paulino de Araújo) oficializado por Lei Municipal de Limeira (1955); Dr.Oswaldo Junqueira Hostis Monteiro, dobrado sinfônico (1954); Dr. Antonio de Luna, dobrado sinfônico (1957); Centenário de Glorias, dobrado sinfônico (1960) em homenagem a Corporação Musical Henrique Marques; Alma Sonora de Limeira, dobrado sinfônico em homenagem a Corporação Musical Arthur GiambelIi, e Dr. Jose Marciliano da Costa Junior, dobrado sinfônico, ambos escrito em 1956; União dos Artistas, passo dobre sinfônico (1962) em homenagem a Corporação Musical União dos Artistas de Itu; Don Idílio José Soares, dobrado (1962); Valdir Salviatti, dobrado (1975); Dr.Palmyro Paulo Veronese D’Andréa, dobrado sinfônico (1970) Dr. Walter Tintori, Passo dobre sinfônico (1975); Dr. Dantas, dobrado sinfônico em homenagem ao conceituado médico Dr. Fernando Régis Dantas; Aderly, dobrado em homenagem a Aderley José Negruci – Embaixador das Bandas Musicais do Brasil, Otto, o último dobrado composto por Mario Tintori no dia 17/07/1995, em homenagem ao Amigo Otto Ricardo Hornhardt Filho, alem de outras obras de real valor como por exemplo: hinos escolares e religiosos (e de sua autoria o Hino a Nossa Senhora das Dores – Padroeira de Limeira e o Hino da Diocese de Limeira – com letra da poetisa Cecília Quadros), noturnos, baladas e marchas fúnebres, como a conhecida “Ultimo Adeus”.
Harmonizou o Hino de Limeira, de autoria da Profa. Dyrcea Ricci Ciarrochi com letra do Dr. Guilherme Malett Guimarães.
Dedicou-se também ao jornalismo, desenvolvendo através da imprensa local, em defesa de nossas tradições culturais, de que é exemplo a sua participação no movimento em favor da construção do coreto Marciliano Junior, na Praça Toledo de Barros. Num justo tributo a sua atuação nesse movimento, os dirigentes da Corporação Musical Arthur GiambelIi,convidaram-no para reger aquela filarmônica na execução do numero inicial da solenidade de inauguração do coreto em tela: o dobrado, Dr. José Marciliano da Costa Junior, de sua autoria. Aquiescendo ao convite, o Maestro Mario Tintori recebeu das mãos do Maestro Biaggio PincelIi, regente titular da Arthur GiambelIi, a batuta com a qual regeu o primeiro numero musical executado no novo coreto, sob intensos aplausos da gente Limeirense. Foi uma justa homenagem a quem tanto fez em favor da arte e da cultura em nossa Terra – Limeira.
Lutou pela instalação da Escola Municipal de Musica, pela orquestra e Teatro Municipal.
Alem de musico, Mario Tintori exerceu funções na Companhia Industrial Machina São Paulo de Barros & Penteado e Cia, por mais de 30 anos consecutivos.
Foi um dos fundadores e idealizador da Sociedade Openiria Humanitliria, em 1936.
Casou-se com Adélia Champe Tintori em Limeira aos 28 de setembro de 1935, residiu a Rua Dr. Gumercindo de Godoy n°. 54 – Centro.
Seus filhos: Dr. José Walter Tintori, a Profa. Helenice Tintori Raymundo e 06 netos.

Pesquisa realizada em 02/05/2006.